Importância da Educação para o Trânsito
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB prevê que os municípios invistam em programas de educação para o trânsito. Para tanto, em parceria com o Detran estadual, Brigada Militar e demais órgãos, muitas cidades levam às crianças do ensino médio e fundamental para espaços onde possam ter ensinamentos sobre a importância educação para o trânsito. O trabalho é focado no público infantil, porque o poder público e pessoas envolvidas no assunto, em geral, acreditam que os adultos apenas mudam a sua “consciência” a respeito do trânsito quando a questão chega ao bolso.
Porém, quando a importância educação para o trânsito chega até as crianças, é possível, a partir de então, que se desenvolvam adultos mais conscientes em frente ao volante. Além disso, os números assustam quando se trata de calcular quantas crianças são vítimas do trânsito no Brasil. Em 2008, um levantamento somou quase 7 mil meninos e meninas que morreram nas estradas brasileiras.
Esse fato não só está em desacordo com as leis de trânsito, como também ao que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, que determina a proteção integral dos menores. Em seu artigo 7º, o estatuto determina que meninos e meninas tenham o direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas públicas sociais.
Já no CTB, o Capitulo VI, que trata da educação para o trânsito, em seu artigo 76 determina que a educação para o trânsito deve ser promovida desde a pré-escola até o ensino médio, “por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação”.
Existe programa de educação para o trânsito em sua cidade?
Embora já seja uma lei, o Conselho Nacional de Trânsito – Contran começou a priorizar a importância educação para o trânsito em todo o país, nos últimos anos. Se o seu filho ou filha não estiverem participando de atividades sobre o assunto, é importante que haja uma mobilização de pais para que o programa seja implantado em seu município, inclusive, na rede pública de ensino.
Além disso, é função da escola transmitir a cultura e o saber acumulado pela sociedade, para que seja possível formar e capacitar indivíduos que participem da construção da sociedade. Nesse sentido, mesmo que o tema trânsito não seja um dos tópicos transversais instituídos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ele deve ser abordado dentro dos ambientes escolares de modo transversal e interdisciplinar, ou mesmo, junto aos temas transversais, como meio ambiente e ética.
Portanto, pais e educadores devem buscar dentro da escola e fora, através de parcerias com os órgãos de trânsito, atividades conjuntas para que os alunos tenham no seu currículo ensinamentos sobre educação para o trânsito. Especialistas apontam que essa educação deve ser baseada no lúdico, ou seja, a conscientização sobre um trânsito seguro deve ser repassada para as crianças por meio de brincadeiras e pela arte, sendo que essas são as ferramentas mais propícias para que os pequenos possam pensar e agir sobre a realidade.
Municípios que promovem a educação para o trânsito de crianças costumam disponibilizar um espaço para circuito de trânsito, onde elas aprendem a melhor forma de se portar, sejam como futuros motoristas ou pedestres. Os agentes de trânsito também visitam as escolas e propõem atividades com conjunto com os professores, além de promover palestras e grandes atividades, em especial, na Semana Nacional de Trânsito, que ocorre na segunda quinzena de setembro. Na ocasião, também é comum realizar atividades para conscientizar o público adulto, em todo o país.